Postado em 04/09/2019 por Silvia
Alguns desafios para o Comércio Exterior
O Comércio Exterior brasileiro é uma das áreas que mais pode crescer nos próximos anos. Afinal, a mudança de governo e a promoção de uma agenda econômica de pensamento liberal é vista com bons olhos pelo empresariado nacional e, também, por setores econômicos de outros países.
Mas para incrementar os resultados da economia, a nova gestão precisará lidar com alguns desafios. Superá-los será fundamental para promover uma maior participação do Brasil nas relações comerciais do mundo, que historicamente sempre foi de 1%.
Pensando no assunto, confira alguns desafios para o Comércio Exterior em um futuro próximo.
Abertura de mercado
Abrir o mercado para o capital estrangeiro é uma exigência antiga de setores da economia, que acreditam que o Brasil ainda é um país tímido e fechado para companhias do exterior que poderiam fazer comércio com as empresas brasileiras, comprando e vendendo matéria-prima e produtos industrializados, de maior valor agregado.
Mudar essa realidade significa alterar regras de participação de capital estrangeiro em empresas nacionais, fazer reformas internas que mostrem estabilidade às companhias do exterior e, principalmente, se comprometer com uma agenda econômica que deixe as companhias do país sólidas e em perspectiva de crescimento.
Simplificação das exportações e importações
O processo de exportações e importações brasileiro é alvo de diversas reclamações há muito tempo. Quem importa ou exporta, com frequência, enfrenta uma série de obstáculos com taxas aduaneiras, processos burocráticos de embarque e desembarque e falta de estrutura para escoar as mercadorias produzidas.
Por isso, é fundamental que todo o processo relacionado ao Comércio Exterior seja simplificado. Unificação de taxas, mais tecnologia para a gestão do processo de chegada/saída dos produtos e prazos coerentes com a realidade de trabalho são apenas alguns dos meios para melhorar a relação comercial entre empresas nacionais e estrangeiras.
Câmbio estável
A variação cambial pode alavancar o comércio exterior de um país ou derrubar uma economia que perde o seu poder de compra em relação ao dólar. Para 2019, especialistas afirmam que o câmbio pode se estabilizar, dependendo da atuação do governo nos principais pontos relacionados ao setor econômico.
Com uma eficiente reforma da Previdência e demonstrações de estabilidade política e econômica por parte do governo, o valor do dólar, atualmente em torno de R$ 3,75, tende a ficar estável, sem que aconteçam variações que prejudiquem as exportações e importações.
Diversificar as exportações para a China
O Brasil é o principal parceiro comercial da China na América do Sul e, discordâncias entre o governo chinês e os Estados Unidos durante a atual gestão norte-americana possibilitam ao mercado consumidor e às empresas brasileiras a chance de ser mais presente na economia chinesa.
Porém, soja (43%), petróleo (22%) e minérios de ferro (17%) são as principais exportações do Brasil para a China, segundo o antigo Ministério de Indústria e Comércio Exterior. Para ficar menos sujeito às variações de preço e melhorar os ganhos, o Brasil precisa diversificar sua pauta exportadora, buscando também exportar itens de valor agregado.
Alguns dos desafios para o Comércio Exterior em 2019 exigem força de vontade política, a criação de um bom ambiente de negócios, acordos bilaterais e multilaterais e a redução de burocracias no Brasil.
Ao superar esses obstáculos, a economia brasileira poderá dar um salto que significará a realização de negócios e aumento das atividades do setor no país, o que traz ganhos para todos.
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